quarta-feira, 17 de outubro de 2012

QUALIDADE NA EDUCAÇÃO

Sempre ou quase sempre que se fala em qualidade na Educação pensamos, pelo menos alguns, em recursos materiais. Parece que todo ou qualquer mecanismo transformará em qualidade o que não caminha bem. É importante termos recursos, com certeza. Não há dúvidas... fazer com que a escola se modernize é prioritário. Mas qualificar é trabalhar primeiro o recurso humano.
Precisamos de professores que recebam incentivos.
Precisamos de salários que expressem a importância que cabe ao professor na sociedade.
Precisamos investir na formação do professor. Isto não significa seminários cujos temas se esgotam em um encontro de poucas horas.
Encher salas de computadores talvez transforme em lugar comum o que deveria ser qualidade .Apenas transferir para a tela o que cabia aos livros, aos cadernos,  em inúmeras cópias visuais... não é transformar.
O homem, a sua qualidade de formação, é o que vai garantir a diferença na Educação.
Acredito que seja mais ou menos como um hospital/hotel, bonito, bacana, chão com lindos pisos, quadros nas paredes. E o médico? Os enfermeiros?  Investimos na qualidade de formação? Se não, acabamos confundindo qualidade com perfumaria.
O bom profissional sabe enxergar de longe a diferença.Tomara que todos saibamos... um dia.
"...a esperança latente de uma transformação da sociedade que seja capaz de estabelecer um modo de organização mais justos e de promover em nós a consciência necessária para iniciarmos uma nova etapa em nossas vidas."(Leonardo Boff).
"Experimentáramos métodos, técnicas, processos de comunicação. Superamos procedimentos. Nunca, porém, abandonamos a convicção que sempre tivemos, de que só nas bases populares e com elas poderíamos realizar algo de sério e autêntico para elas. Daí, jamais admitirmos que a democratização da cultura fosse a sua vulgarização, ou por outro lado, a doação ao povo, do que formulássemos nós mesmos, em nossa   biblioteca e que a ele entregássemos como prescrições a serem seguidas."(Paulo Freire).
O fazer do professor não pode ser substituído por outro alguém sob pena de que podemos perder o pensar, nosso real instrumento de trabalho.
Só quem, através do pensamento constrói a qualidade em suas aulas, sabe que o fazer do professor não é sinônimo de aplicações e apertar de "parafusos", somos muito mais.
Crer em nossa importância na sociedade e, para ela, é nos reconhecermos enquanto trabalhador que faz da sua ação cognitiva seu instrumento diferencial.
 Transformar e formar cidadãos esta é a nossa função social.

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